No coração da floresta amazônica vivia uma tribo de bravos guerreiros dentre eles a jovem Naiá, doce indiazinha que se apaixonara perdidamente por Jaci (a lua) que iluminava as noites.

Segundo os pajés, Jaci de vez em quanto descia a terra para buscar uma virgem e transformá-la em estrela para viver junto dela no céu. Naiá ao escutar tal história decidiu que queria ser transformada em uma estrela para viver junto do seu amor.

Naiá era bela, os bravos guerreiros sempre a cortejavam, mas nada adiantava, ela recusava todos os convites de casamento devido a sua grande paixão. Todos os dias esperava com ansiedade a lua surgir para então admirá-la. Já quase se manhãzinha Naiá saiu correndo em direção oposta ao sol para tentar alcançar Jaci, mas tudo era
em vão, a lua ia embora sem lhe dar atenção.

Em uma noite Naiá adoeceu e de tanto ser ignorada pela lua começou a definhar.
Mesmo assim, todas as noites fugia para admirá-la. Numa dessas vezes a indiazinha ao ver o reflexo da lua no rio, imaginou que Jaci tivesse vindo buscá-la e exultante de felicidade mergulhou nas águas profundas do igarapé e morreu afogada.

A lua com dó da bela indiazinha e vendo o seu sacrifício, resolveu transformá-la em uma linda estrela incomum, não para brilhar no céu, mas para refletir o clarão do luar nas águas dos rios da Amazônia. A esta estrela (NAIÁ) atribuí-se o nome Vitória-Régia, a linda flor aquática da Amazônia que só abre suas pétalas ao clarão do luar.

 

 

 

 

 

Imagem jpg: Baixaqui
Texto: Retirado do Varal do Folclore
Wav: Wilson Paim - Vitória Régia
 

 

 

 

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