Evita

Gênero: Biográfico, Musical
Direção: Alan Parker
Roteiro: Oliver Stone, Alan Parker
Produção: Alan Parker, Robert Stigwood, Andrew G. Vajna 
Música Original: Andrew Lloyd Webber
Coreografia: Vincent Paterson
Fotografia: Darius Khondji
Direção de Arte: Jean-Michel Hugon, Richard Earl
Figurino: Penny Rose
Efeitos Sonoros: Andy Nelson, Anna Behlmer, Ken Weston e outros
Efeitos Especiais: Yves De Bono, Róbert Kovács, János Berki e outros
Pais: Estados Unidos - 1996

 

 

Elenco

 

Madonna - Eva Perón
Jonathan Pryce Juan Perón
Peter Polycarpou - Domingo Mercante
Antonio Banderas - Ché
Charles Lewsen - Papa Pio XII
David Henry - Presidente Rawson
Olga Merediz - Blanca
Jimmy Nail - Agustín Magaldi
Victoria Sus - Doña Juana
Julian Littman - Juan
Laura Pallas - Elisa
Julia Worsley - Erminda
María Luján Hidalgo - Eva, jovem
Servando Villamil - Cipriano Reyes
Andrea Corr - Amante de Perón
Gary Brooker - Juan Bramuglia
Maite Yerro - Julieta
Adrià Collado - Carlos
Martin Drogo - Juan, jovem
Venesa Weis - Blanca, jovem
Veronica Ferrari Risler - Elisa, jovem
Aldana García Soler - Erminda, jovem
Ismael Osorio - Juan Duarte Sr.
Lidia Catalano - Estela Grisolía
Alfredo Martín - Cel. Aníbal Imbert
Denis Lill - Presidente Farrell
Victor Satchwell - Embaixador espanhol
Peter Hughes - Franco

 

 

Musical adaptado do teatro que conta a história de Evita Perón, a mulher mais amada pelos argentinos.

 

 

O filme percorre a vida de Evita desde sua infância pobre no interior, passando pelo casamento com o político Juan Perón, quando se tornaria uma das mais populares primeiras-damas da América Latina, idolatrada pelo seu povo, até à morte precoce vítima de câncer aos 33 anos.

 

  

 

 

CONTEXTO HISTÓRICO
 


O populismo define-se como fenômeno político e ideológico de certos movimentos de libertação nacional que prometiam emancipar o povo sem recorrer à luta de classes. Foi consideravelmente relevante na América Latina a partir dos anos 30, assumindo uma postura anti-imperialista e moderadamente anti-capitalista. Minimizando a luta de classes, contribuiu para esvaziar as autênticas lideranças operárias, manipulando o movimento sindical. Estabeleceu uma certa aliança das classes médias urbanas com os operários e com os camponeses, articulando ainda setores do empresariado e das Forças Armadas. Submetendo o processo de mudanças ao controle do Estado, o populismo manteve o status quo, garantindo os privilégios das elites ao mesmo tempo em que alimentava esperanças para massa de trabalhadores iludidos com a retórica nacionalista e salvacionista e modernizadora de seus líderes. Em determinadas circunstâncias o populismo acaba convivendo com estruturas políticas mais liberais, porém o mais comum é que o comando do Estado seja exercido por uma liderança carismática e conservadora levada ao poder através de golpes.


Na América Latina encontramos várias lideranças populistas, destacando-se principalmente Perón na Argentina, Getúlio Vargas no Brasil e Lázaro Cárdenas no México. Contudo o modelo mais clássico foi o peronismo, ou justicialismo, representado pelo coronel Juan Domingo Perón, que antes de assumir como presidente, ocupou os cargos de Subsecretário de Guerra e Ministro do Trabalho na década de 40. Em 1944 foi ainda vice-presidente do governo provisório do general Edelmiro J. Farrel, sendo posteriormente obrigado a renunciar e acabando preso após julgamento. Libertado após um movimento popular concorreu às eleições presidenciais, vencendo-as com 55% dos votos.

 

  

 

Sua principal base de apoio populista foi a C.G.T. (Confederação Geral dos Trabalhadores), sobre a qual ele e sua mulher, Eva Perón (Evita) exerciam grande influência. Perón soube articular elementos emocionais que o ligavam aos trabalhadores através de discursos demagógicos e um eficiente aparelho de propaganda. O paternalismo e assistencialismo de seu governo foi marcado através de favores pessoais com distribuição de roupas, alimentos e medicamentos. Destaca-se mais uma vez a liderança de Eva Perón que pressionando o Congresso, conseguiu estender o direito de voto às mulheres em setembro de 1947, o que aumentou consideravelmente o eleitorado de Perón.

 

 

Em 1954 lideranças civis e militares revoltam-se contra Perón, que após fracassada tentativa de resistência, renunciou no ano seguinte, exilando-se no Paraguai, de onde partiu para Espanha. Apesar do exílio, Perón permaneceu controlando seus partidários que se reagruparam no Movimento Nacional Justicialista. A vitória eleitoral desse grupo permitiu a reeleição de Perón em setembro de 1973, tendo como vice sua terceira esposa Maria Estela (Isabelita) Seu último mandato, abreviou-se com sua morte em julho de 1974, ocasião em que Isabelita tornou-se a primeira mulher a governar um país americano.

 

 

 

Parque de Maria Eva Duarte de Perón
Madrid, Espanha. Memorial.

 

 

 

 

Imagens: Retiradas da NET
Texto Histórico: Historianet
Wav: Madonna - Don't cry for me Argentina
 

 

 

 

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